Como saber o valor da sua aposentadoria

Na hora de entrar com o pedido da aposentadoria, muitas dúvidas são recorrentes, em especial, quando se trata do valor a ser recebido. Fazer um planejamento prévio com um advogado especialista é essencial para evitar surpresas e se programar da melhor forma possível. 
Como saber o valor da sua aposentadoria

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Como funciona o cálculo do INSS?

Quando se fala em valor de aposentadoria, necessariamente se fala em cálculo. O cálculo do INSS depende especificamente da regra de aposentadoria escolhida pelo segurado – hoje, há diversas regras em vigor, que dependem de categoria, modalidade, entre outros fatores. É comum que um mesmo trabalhador possa se encaixar em mais de uma regra. Daí a importância de ficar atento visto que, dependendo da regra escolhida, poderá ser determinado um valor da aposentadoria. Porém, é importante ressaltar que todas as regras levam em conta a média das suas contribuições. Além disso, em todas elas são feitos os descartes automáticos – regra que pode melhorar a aposentadoria do trabalhador, mesmo ele tendo contribuído durante muitos anos com um salário mínimo. Vale dizer que ainda hoje há regras que aplicam o fator previdenciário (que pode melhorar ou piorar o valor da aposentadoria), o coeficiente (percentual correspondente ao tempo trabalhado com contribuição), a integridade – que pode levar ao segurado receber 100% da sua média.  Mas é essencial ficar atento: cada regra aplicada depende da individualidade do trabalhador. Cada caso é um caso e precisa ser avaliado individualmente. Outros fatores podem gerar resultados diferentes, como a categoria diferenciada (como por exemplo, o professor), tempo especial, tempo militar, serviço público, situações antigas em trabalhos anteriores, condição de pessoa com deficiência etc.

Posso consultar o valor da aposentadoria pelo simulador do INSS?

De forma mais recorrente e como a primeira opção, muitos trabalhadores procuram o simulador do INSS para saber o valor da aposentadoria. Apesar de ser uma ferramenta muito popular, e que em alguns casos pode estar correto, o simulador, no entanto, pode gerar mais dúvidas que respostas, uma vez que o mesmo não consegue entregar resultados assertivos em todas as situações. Isso acontece porque a plataforma não considera algumas informações vitais para um resultado correto, como por exemplo, a categoria do trabalhador, vínculos com pendências, tempo especial trabalhado, tempo militar ou outros cenários citados anteriormente, que, quando somados, podem fazer a diferença na hora de requerer a aposentadoria, prejudicando o cálculo ou a data a ser recebida. Portanto, o ideal é que o simulador não seja usado como parâmetro para o cálculo. Para exemplificar melhor, vamos trabalhar com um exemplo prático/real: uma segurada mulher, de 68 anos, com base nos dados oferecidos pelo simulador, não poderia requerer o benefício, visto que o sistema apontava menos de 14 anos de contribuição da mesma.  Entretanto, ao consultar as informações totais, foi possível constatar que, na verdade, a trabalhadora possuía quase 31 anos de contribuição, sendo possível, portanto, aposentar-se por todas as regras de aposentadoria comum. Nesse caso, ao observar todas elas, foi possível traçar uma estratégia e escolher a regra com melhor benefício: a aposentadoria pelo pedágio de 50%, que usa o fator previdenciário, que, nesse caso, diferente do que muita gente pensa, aumentou o valor do benefício, visto que a trabalhadora já estava em idade avançada e tinha muito tempo de contribuição. Esse valor ainda pode ser maior, com a possibilidade do descarte automático. Assim como no exemplo acima, em muitos outros casos o simulador pode apresentar resultados prejudiciais. Em um cenário onde a categoria é diferenciada, essas situações podem ser frequentes. Professores, por exemplo, têm aposentadoria com requisitos diferentes, com redução em idade e tempo, trazendo um novo cálculo por conta dessas particularidades.  Porém, no simulador, esses requisitos não são levados em consideração e muitas vezes reduzem as possibilidades de aposentadoria para regras menos rentáveis. Nesses casos, é importante preparar o requerimento administrativo corretamente com os documentos necessários que comprovem a atuação nessa categoria (assim como em outras) para que o INSS possa conceder a aposentadoria da melhor forma para o segurado. Outro caso muito comum é consultar o simulador e receber resposta afirmativa no que tange ao recebimento do benefício dentro de uma regra específica. Entretanto, é importante que o trabalhador se atente aos detalhes: nem sempre ficar com resultados da aposentadoria a qual ele se encaixa no momento, de acordo com o simulador, é o ideal.  Em muitos casos, em poucos meses, o trabalhador pode passar a preencher outra regra que seja mais benéfica a ele.

O que fazer antes de pedir minha aposentadoria?

– Antes de pedir a aposentadoria, sempre consulte um profissional do direito previdenciário para avaliar as possibilidades; – Avalie não somente as regras atuais, como a futuras; – Avalie se há caso de melhora no cálculo, dependendo dos recolhimentos futuros ou do reconhecimento de situações específicas (tempo de deficiência, tempo militar etc.); – Faça o pedido da aposentadoria do INSS acompanhado com um especialista que possa ser seu representante, principalmente em situação de pendências.

Dica de ouro 

É importante que o advogado ressalte todas as situações diferenciadas no requerimento. É responsabilidade do profissional representar o trabalhador no documento, chamando atenção do INSS para os mínimos detalhes de modo a representar da melhor forma a causa do cliente, comprovando com documentos o direito do mesmo e trazendo resultados assertivos.

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Carolina Centeno
Carolina Centeno
Advogada previdenciária especialista em planejamento de aposentadorias do INSS e para o servidor público. Formada em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2012). Sócia do Arraes & Centeno Advogados Associados. Especialista em Direito Previdenciário, Direito do Trabalho e Direito Sindical. Palestrante. (OAB/MS 17.183).
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