Será que ainda vale a pena começar a pagar o INSS depois dos 50 anos? Essa é uma dúvida muito comum entre quem passou boa parte da vida sem contribuir para a Previdência Social, seja por nunca ter precisado, por trabalhar informalmente ou por ter deixado as contribuições em segundo plano.
Muita gente acredita que contribuir para o INSS só faz sentido quando se está perto da aposentadoria. No entanto, esse é um grande equívoco. A verdade é que a contribuição previdenciária oferece proteção em diversas situações além da aposentadoria.
Ou seja, quem contribui tem direito a uma série de benefícios que podem fazer toda a diferença em momentos delicados da vida, como doenças, acidentes e até mesmo no apoio à família em caso de falecimento.
Vale a pena pagar INSS depois dos 50 anos?
Sim, vale a pena pagar INSS mesmo depois dos 50 anos! Mesmo que a aposentadoria esteja mais próxima do que para os mais jovens, ainda é possível garantir uma renda no futuro.
Além disso, os benefícios vão além da aposentadoria e quem contribui para a previdência pode contar com uma rede de proteção importante em diversas situações, como acidente ou doenças, por exemplo.
Caso seu principal objetivo, ou de seu familiar, seja a aposentadoria, é ideal consultar um especialista antes de tomar qualquer decisão. Isso porque, tivemos diversas mudanças na legislação com a reforma da previdência, em que praticamente todas as regras exigem um tempo mínimo considerável de contribuição.
Sendo assim, pode valer a pena contribuir para uma previdência privada além do INSS. Mas tudo isso será alinhado com suas expectativas e possibilidades.
Vamos listar os principais benefícios garantidos a quem decide começar a pagar INSS, mesmo após os 50 anos, continue nos acompanhando para entender!
1. Auxílio-doença
O auxílio-doença ou benefício por incapacidade temporária, como é chamado atualmente, é concedido ao segurado caso fique temporariamente incapaz de trabalhar por motivo de saúde (seja por acidente ou doença), desde que preencha os requisitos, como a carência, por exemplo.
É um suporte financeiro essencial, principalmente para quem não tem outra fonte de renda.
3. Pensão por morte
Em caso de o segurado vir a falecer, seus dependentes podem ter direito à pensão por morte. Para isso, ele precisa estar contribuindo no momento do falecimento ou estar dentro do chamado período de graça (tempo em que mantém a qualidade de segurado mesmo sem contribuir).
É um benefício muito importante e pode garantir uma fonte de renda aos familiares no momento em que mais precisarem.
4. Salário-maternidade
Mulheres que contribuem ao INSS, mesmo com mais de 50 anos, também podem ter direito ao salário-maternidade não somente nos casos de nascimento, mas também nos casos de adoção ou guarda judicial para fins de adoção.
5. Auxílio-reclusão
Embora seja mais raro, o auxílio-reclusão pode ser concedido aos dependentes do segurado preso, desde que preenchidos os requisitos legais.
Como funciona a aposentadoria por idade após a Reforma da Previdência?
Quem começa a pagar INSS após os 50 anos ainda pode se aposentar por idade.
Assim, os requisitos variam conforme a data de início das contribuições. Para aquele que começou a contribuir ou irá começar após a data de 13/11/2019, deve se aposentar através da regra permanente/definitiva.
Regra definitiva da aposentadoria por idade
Dessa forma, os requisitos são:
- 62 anos para mulheres;
- 65 anos para homens;
- 15 anos de contribuição para as mulheres;
- 20 anos de contribuição para os homens (para os que nunca contribuíram antes de 13/11/2019)
Além disso, é importante ressaltar que dependendo do caso, pode ser possível aproveitar períodos anteriores de trabalho, mesmo sem contribuições recentes, desde que devidamente comprovados e regularizados.
Valor da aposentadoria na regra por idade
O cálculo é feito com base na média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994. Nesta regra, aplica-se o percentual de 60% sobre essa média. Além disso, há o acréscimo de 2% para cada ano de contribuição que exceder o mínimo exigido (15 anos para as mulheres e 20 para os homens).
Regra de transição da aposentadoria por idade
Caso em algum momento você ou seu familiar já tenha contribuído para a Previdência antes da data da reforma (13/11/2019), os requisitos se diferenciam com relação ao tempo de contribuição, entenda:
Requisitos da regra de transição:
- Homens: 65 anos de idade e 15 anos de contribuição;
- Mulheres: Começou com 60 anos de idade mínima, com aumento gradual de 6 meses por ano, até atingir 62 anos em 2023 e 15 anos de contribuição.
Ou seja, enquanto na regra definitiva o tempo de contribuição varia conforme o gênero, aqui é o mesmo para homens e mulheres: 15 anos.
Quais as vantagens de pagar INSS depois dos 50 anos?
Mesmo com a idade mais avançada, começar a contribuir para o INSS traz benefícios importantes.
Nesse sentido, vamos destacar algumas vantagens principais:
Proteção imediata
Após cumprir o período de carência (número mínimo de contribuições mensais), o contribuinte já passa a ter direito aos benefícios por incapacidade, como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez.
Possibilidade de aposentadoria
Com o devido planejamento, é possível alcançar a aposentadoria e garantir uma renda mensal vitalícia. Em alguns casos, o tempo necessário pode ser menor do que se imagina.
Amparo à família
A contribuição ao INSS também é uma forma de cuidar da família, garantindo benefícios como a pensão por morte e o auxílio-reclusão, desde que preenchido os requisitos exigidos.
Contribuições flexíveis
Existem diferentes formas de contribuição, o que facilita a adaptação à realidade financeira de cada pessoa. Quem é autônomo ou desempregado, por exemplo, pode contribuir como contribuinte individual ou facultativo.
Passo a passo para se tornar um contribuinte do INSS
Se você decidiu começar a contribuir, veja como dar os primeiros passos de forma simples e segura:
Passo 1: Identifique sua categoria
- Trabalha por conta própria? Contribuinte individual.
- Não tem renda própria? Contribuinte facultativo.
Cada categoria tem suas particularidades, e é importante se enquadrar corretamente.
Passo 2: Faça sua inscrição no INSS
Você pode se inscrever:
- Pelo site Meu INSS;
- Pelo aplicativo Meu INSS;
- Ou pelo telefone 135.
Se já possui número de NIT ou PIS/PASEP, pode utilizar o mesmo.
Passo 3: Escolha o valor da contribuição
As principais alíquotas são:
- 5% (facultativo de baixa renda);
- 11% (contribuinte simplificado);
- 20% (plano normal, com direito à aposentadoria por tempo de contribuição, se aplicável).
Importante lembrar que contribuir com 20% pode garantir acesso a aposentadorias com valor mais alto. Por isso, o ideal é avaliar qual alíquota atende melhor seus objetivos.
Passo 4: Gere e pague a guia (GPS)
A guia de pagamento (GPS) pode ser emitida pelo próprio sistema do Meu INSS ou pelo site da Receita Federal. O pagamento pode ser feito em bancos, lotéricas ou aplicativos de instituições financeiras.
Passo 5: Mantenha os pagamentos em dia
A regularidade é essencial para manter a qualidade de segurado e garantir o acesso aos benefícios.
Agora que você já sabe o que precisa fazer para começar a contribuir, é importante que essa contribuição comece de forma estratégica.
Isso porque, contribuir da forma correta e com o valor adequado, te fará conseguir uma melhor aposentadoria no futuro, o que fará toda diferença. Por isso, antes de iniciar, considere fazer um planejamento previdenciário com especialistas no assunto.
Como um planejamento previdenciário pode ajudar quem vai pagar INSS depois dos 50 anos?
Se você está começando a pagar o INSS agora, mais do que nunca é importante contribuir da forma certa. E é aí que entra o planejamento previdenciário.
Com ele, é possível:
- Escolher a alíquota ideal de contribuição;
- Evitar contribuições desnecessárias ou equivocadas;
- Aproveitar períodos anteriores de trabalho (comprovação e indenização);
- Estimar o tempo restante para aposentadoria;
- Projetar o valor futuro do benefício;
- Encontrar estratégias legais para aumentar o valor da aposentadoria.
Planejar é garantir um futuro melhor
Muita gente contribui por anos ao INSS sem saber se está no caminho certo e, em muitos casos, acaba pagando mais do que o necessário ou escolhendo uma alíquota que não trará o melhor resultado.
Com um bom planejamento previdenciário, é possível corrigir essas falhas e tomar decisões mais inteligentes. Isso evita, por exemplo, contribuições desnecessárias, que não aumentam o valor da aposentadoria, e também aponta quando vale a pena contribuir com valores maiores, mesmo começando depois dos 50 anos.
Conclusão
Vale a pena pagar INSS depois dos 50 anos? Sim! Além de garantir proteção em momentos difíceis, é possível sim se aposentar, amparar sua família e ter mais tranquilidade no futuro.
Mas, para isso, é fundamental começar com estratégia.Caso ainda reste alguma dúvida sobre o assunto ou você queira saber qual é a melhor forma de começar a contribuir, agende uma conversa com nossos especialistas em planejamento previdenciário e descubra como garantir mais segurança para o seu futuro.